Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós. (Mateus, VII: 1-2).
“Aquele que estiver
sem pecado atire-lhe a primeira pedra”, disse Jesus.
Ensina que não devemos julgar os outros mais severamente do que nos
julgamos a nós mesmos, nem condenar nos outros os que nos desculpamos em
nós. Antes de reprovar uma falta de alguém, consideremos se a mesma
reprovação não nos pode ser aplicada.
A
censura de conduta alheia pode ter dois motivos: reprimir o mal, ou
desacreditar a pessoa cujos atos criticamos. Este último motivo jamais
tem escusa, pois decorre da maledicência e da maldade. O primeiro pode
ser louvável, e torna-se mesmo um dever em certos casos, pois dele pode
resultar um bem, e porque sem ele o mal jamais será reprimido na
sociedade. Aliás, não deve o homem ajudar o progresso dos seus
semelhantes? Não se deve, pois, tomar no sentido absoluto este
princípio: “Não julgueis para não serdes julgados”, porque a letra mata e
o espírito vivifica.